Wednesday, May 23, 2007

compal nuvem...sabor a vida!

...porque eu gostava de voar para ir ter contigo! sentavamo-nos as duas numa nuvem a beber compal e a rir, a rir muito....e a historia tinha um fim feliz ;p
p.s : vou tentar encontar a sininho....


Quero voar
Sem ter asas
Quero ser peixe
Sem ter escamas

Quero andar sentada
A olhar o escuro
Berrar calada
E ser o mole do duro

Desejo a contradição
Do ser, não sendo
O parar do coração
Que tanto temo

Habito num mundo
Não vivendo nos dois
Perdendo-me assim …
E não me entendendo depois

Procuro o achado perdido
Aquele que nunca ninguém encontrou
…talvez porque ninguém o escondeu
Mas é nele que procuro o que sou

O “sou” que de mim não é
Que de mim não faz parte
Nunca fomos apresentados
…não conhecendo sua arte

É meu…mas não o tenho
Quero-o…mas não o alcanço
Sem ele sou
Mas com ele viveria…

Só me quero encontrar…encontrando-o
Viver…não pensando
Amar...sentindo
Ser…sorrindo


....a ti, porque foste o sorriso de todos nós! gosto de pensar que se pudesses voltar, voltarias sem pensar duas vezes (com a pressa ate te esquecias da maquina fotografica aí no meio das nuvens :p)!

Wednesday, December 27, 2006

the meaning of...

Gostava de escrever

Tudo isto que borbulha dentro de mim

As palavras não me chegam

E por mais que procure

Não encontro o fim

Gostava de não sentir

Quando olho para ti

Mas sinto-te aqui bem dentro de mim

E não o consigo mentir

Odeio-me quando transpareço o que sinto

Num olhar perdido em brilho

Num brilho desconhecido

Sinto-me nua, num mundo

Que não é o meu

Perco-me de mim

E não sei onde estou eu

Sou a indeterminação da vida

Se é que vida, lhe posso chamar

Sei que abro e fecho os olhos

Sem dar pelo tempo passar

Sou-o, como mais ninguém é

Sou-o sem razão própria

Sou-o por ti

Porque o teu coração alimenta o meu

Um minuto contigo

É saber que te amo

E se amar é o nome

Então sou privilegiada

Pois amo

E sou amada !!!

( ...pq a minha companhia das grandes noites do jardim queria um prendinha...e aqui fica o meu embrulho ;p saudade* )

Thursday, November 30, 2006

who am i ?...


Tu não me conheces, não conheces os meus passos, escondes o meu sorriso…foges de mim! Quando olho é como se não te visse. Porquê? … porque te escondes no mais recôndito lugar de mim mesma? Só te queria ver, para perceber como isto tudo funciona…! Acordar sem saber de ti, é acordar no maior dos nevoeiros, com medo do passo a seguir. Porquê coração… porque me das o amanha se não consigo viver o hoje? Dás-me folhas brancas para preencher das quais faço barquinhos de papel, porque nada tenho para contar e as ondas descrevem-me na perfeição… és viciante como um livro de paginas e paginas e mais paginas ainda, por sinal, gastas mas que no entanto eu nunca desfolhei, confessando minha fraqueza por não conseguir deixar de as folhear…! Eu estou aqui, mas tu roubas-me a vontade, tiras-me de mim de tal forma que eu perdi-me contigo perdendo-me de mim. Parece confuso mas é tão fácil, basta perceberes que eu também tenho razão…
Com tudo isto caí no abismo do silencio, no mundo da linguagem sem voz, na incapacidade de soletrar a mais ínfima das palavras… não tomes tudo isto como um murmúrio de tua culpa, como uma penitencia, mas sim como um pedido de ajuda numa vontade desacerbada de te dar a mão.
Queria que me percebesses e soubesses de cada lugar meu, cada pedacinho do meu mundo de forma a podermos andar em uníssono. Queria de ti aquilo que não quero de ninguém e preciso de ti como jamais precisarei de alguém…ninguém sabe de mim, nem mesmo eu!
Por um dia que seja, esquece-te da janela aberta, da portada por fechar ou das chaves caídas no jardim… não tenhas medo, eu só quero ver a sombra do teu rosto…
Podes não acreditar, mas não é possível funcionarmos para todo o sempre sem sabermos um do outro, vai chegar o dia em que vamos querer recuar e voltar a trás e não vai ser possível porque nosso rasto perdeu-se na poeira dos nossos sentimentos…
Não deixes chegar esse dia, eu imploro-te…não te deixes ficar pela companhia da minha solidão, impede-me de chegar á mediocridade do ser que se culpa pela sua própria solidão e pela ausência de si mesmo.
Acorda-me e deixa-me ser eu, ou então na pior das tuas vontades deixa-me sonhar que um dia vou ser capaz de dizer tudo isto que não consigo transparecer, de me sentir em mim mesma e que os outros me sintam…vou ser capaz de dizer o quanto gosto de ti!
Só te peço coração, que não pares… dá-nos pelo menos uma oportunidade, deixa-me ver o mundo lá fora nem por um escasso segundo que seja.
Vou dormir, talvez sonhe…mas aviso desde já que só quero ser acordada por ti…!

Monday, November 27, 2006

o soneca...

Porque será que vivo num mundo com mil amanhas, onde me tranco com um sorriso e ninguém me vê… ninguém percebe este meu mundo, mas só nele sou capaz de sentir saudade, de dar um abraço e dizer que gosto de ti. Aqui as bochechas não ficam rosadas…mas sim, o olho brilha-me, porque sou capaz de viver com o meu eu. Sou-o na eterna escuridão de um brilho que me possas dar.
Gostar de ti, é deixar para sempre a janela do sorriso aberta. Tendo a certeza que o hoje é bem melhor que o ontem. A todos os instantes desejo o teu carinho, porque sei que não pode passar de isso mesmo. O instante passa, o momento fica e o carinho vai sem volta. Mas por mais que eu diga que ele vai…ele fica porque fica, fica porque não sou capaz de o deixar ir. Todas as noites o relembro com o teu cheiro, com a tua cara de soneca, com a tua mão na minha barriga… adormeço no pleno sonho dos meus sentimentos. É estranho estar longe de ti e sentir a tua falta, pois creio que nao estou apaixonada muito menos atracada no porto do amor. sou mais um peixe em alto mar…gosto de estar onde estou e só assim me sinto bem…mas confesso que me perdi e não sei onde estou. Tenho medo de viver as coisas mais do que aquilo que elas são, e que ao olhar para o lado já não estejamos de mãos dadas. Ser eu só na imensidão das estrelas-do-mar que brilham nas nossas noites de luar.
Desejo-te como nunca desejei ninguém, anseio todas as nossas noites passadas a dois com sussurros bonitos, palavras escassas e lençóis perdidos.
Gostava de te dizer tudo o que sinto nesse altura, tudo o que vejo no teu olho verde… cor traiçoeira a tua, mas de sedução plena.
A vontade que o tempo pare é tanta, que ate acredito que ele parou mesmo…talvez porque sei que para nos o amanha não existe, porque eu não quero, porque tu não queres, ou pelo menos dizemos não querer.
Acordar e não te ter abraçado á minha almofada, é lembrar-me de como és bonito quando dormes.
Deitar-me sem o teu sorriso é adormecer na hipótese de o ter amanha.
Gosto de ti…não sei porquê nem como, só sei que gosto. Gosto de gostar de ti. Gosto de gostar assim abusadamente…pelo menos sei que fui capaz de gostar de alguém. Não sei se gosto amanha, sei que gosto hoje, e é hoje que quero estar contigo, sentir-te aqui bem pertinho de mim.
Quero que a noite não acabe, para fazermos o amor como se não houvesse amanha…sim, porque és a única pessoa que me faz pensar nisso. Quero fazer amor contigo e quero que tu o faças comigo…adormecer num abraço de sorriso terno que diz sem voz, quanto foi bom tudo aquilo que passamos na penumbra da noite, alheia ao mundo.
…já não penso no amanha, porque ele não vai existir, o amanha não é nosso, não nos pertence.
Quando acordarmos, o tempo mudou, tudo permanece igual mas diferente, porque hoje não é o nosso amanha, é simplesmente um hoje como tantos outros.
Gosto de gostar de ti assim, sem saber nada, sabendo apenas que gosto.